
O Ministro dos Recursos Minerais e Energia, Estêvão Pale, defendeu, esta semana, a necessidade de o continente Africano investir na construção de linhas de transporte de energia para maior provisão e garantia da segurança energética.
Pale falava no painel ministerial sobre Transição Energética e Sustentável da SADC, realizado no âmbito da semana sustentável de energia que teve início a 24 com o término previsto para esta sexta-feira, 28 de fevereiro, em Gaberone, no Botswana.
“Temos de investir no aproveitamento dos nossos vastos recursos energéticos renováveis”, disse, sublinhando ser fundamental harmonizar políticas e “incrementar o financiamento, na componente de linhas de transmissão”.
Referiu-se ainda ao potencial de Moçambique que com os projectos como hidroeléctrica de Mphanda Nkuwa e da central Termoelétrica de Temane que irá gerar aproximadamente 2000 MW nos próximos cinco anos beneficiando o país e a região.
“Estamos a falar de energia limpa e que irá satisfazer necessidades energéticas internas de Moçambique, potenciar o desenvolvimento industrial e exportar para a região”, disse.
Os Projectos de interligação Moçambique-Malawi a linha de 400KV de energia e os estudos em curso para uma linha de Moçambique-Zâmbia, de 400KV, são exemplo de acções conjuntas para multiplicar provisão de energia na região a médio prazo, mas para tal tais infraestruturas são fundamentais.
A semana sustentável de energia debate mecanismos para acelerar soluções energéticas sustentáveis para uma região da SADC com segurança energética. Moçambique tem registado progressos assinaláveis no processo da eletrificação nacional tendo, a taxa de acesso saído de 29% em 2018 para 60% em 2024 apesar dos prevalecentes desafios, nomeadamente, infraestruturas tais como linhas de transporte de energia ligando norte e sul do país para um melhor fornecimento de energia de qualidade.
Refira-se que o potencial energético de Moçambique é vasto e pode contribuir para o abastecimento dos países a nível regional e global, com destaque para a energia hídrica, solar, eólica, de biomassa, bem como o gás natural, que é um dos pilares da transição energética, tendo o ministro convidado investidores a explorar este potencial.
Participaram no painel os Ministro de Minas e energia do Botswana, da República Democrática do Congo, dos recursos naturais do Lesotho, da Energia do Malawi, da energia da Zâmbia e da energia e desenvolvimento do Zimbabwe entre outros quadros seniores dos países da SADC. (Nota Informativa)