
Uma família janta à (pouca) luz das velas, em Lisboa. Nas ruas da capital, só a luz dos faróis dos carros e dos autocarros iluminava o caminho ao início da noite. O cavalo de D. José I guardava uma Praça do Comércio imersa na escuridão. O Mosteiro dos Jerónimos confundia-se com a noite.
Em contraste com o breu das ruas, no aeroporto Humberto Delgado, um pequeno oásis de luz, centenas de pessoas acampavam nos corredores à espera de um voo: desde as 14h00 que praticamente nenhum ali chegou ou partiu.
Com o avançar da noite, alguma normalidade foi sendo reposta. Pela meia-noite, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, adiantou que estaria assegurado o fornecimento de energia a cerca de 80% da população.