“Os anos parecem estar a passar cada vez mais depressa”, escreveram Kate e Gerry McCann, os pais de Madeleine, no sábado, dia 3 de maio, quando se assinalaram precisamente 18 anos desde o desaparecimento da filha, em 2007. Maddie, na altura com três anos, estava numa casa na Praia da Luz, em Portugal, quando foi vista pela última vez.
“Não importa quão perto ou longe ela está, ela continua a estar aqui connosco, todos os dias, mas especialmente no seu dia especial”, referem os pais da criança britânica numa referência ao aniversário da filha, que também se assinala em maio. “Continuamos a ‘celebrá-la’ como a pessoa muito bonita e única que é. Temos saudades dela”, lê-se na nota publicada na página de apoio à família.
A investigação ao desaparecimento de Madeleine foi desenvolvida em cooperação com várias autoridades em diferentes países europeus, mas nunca produziu resultados: a menina não foi encontrada, nem se identificou o culpado.
“Ao chegarmos ao 18º aniversário do rapto da Madeleine, gostaríamos de agradecer mais uma vez aos nossos fiéis apoiantes por nos apoiarem e nunca esquecerem a Madeleine. Embora não tenhamos notícias significativas para partilhar, a nossa determinação em ‘não deixar pedra sobre pedra’ é inabalável. Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para o conseguir.”
Os pais aproveitaram para recordar a celebração do “Dia Internacional das Crianças Desaparecidas”, a 25 de maio, e manifestam a sua solidariedade com todas as crianças deslocadas “tanto aqui no Reino Unido como no estrangeiro, pensando especialmente em todas as crianças deslocadas das suas casas e famílias na Ucrânia e em Gaza”.
As últimas movimentações visíveis para encontrar dados sobre o desaparecimento de Maddie tiveram lugar em maio de 2023, quando autoridades portuguesas, alemãs e britânicas se juntaram para revirar a barragem do Arade, numa tentativa de encontrar vestígios da criança.
O local, a cerca de 50 quilómetros da Praia da Luz, era frequentado por Christian Brueckner, o principal suspeito do rapto da menina britânica. O alemão abandonou o Algarve de repente depois do desaparecimento de Maddie e está preso na Alemanha por ter violado uma mulher, também no Algarve, e pode sair em liberdade em setembro deste ano — não havendo previsão de ser acusado por algum crime na sequência do caso Maddie.
“Estamos muito gratos à instituição de caridade do Reino Unido, ‘Missing People’, pelo seu trabalho contínuo e inestimável, e a todas as organizações, instituições de caridade e forças policiais que continuam empenhadas, apesar dos muitos desafios e recursos limitados, em encontrar e trazer para casa as muitas crianças desaparecidas e raptadas”, remataram os pais.
Kate e Gerry deixaram os filhos (Maddie e dois gémeos mais novos) a dormir em casa e foram jantar com um grupo de amigos num restaurante perto da habitação onde passavam férias, na noite em que a menina desapareceu.
