
Vários políticos africanos e sul-americanos ficaram esta quinta-feira retidos no aeroporto de Luanda, impedidos de entrar em Angola e um grupo de dez, incluindo o vice-presidente da Tanzânia, deputados do Quénia e sudanesas foram deportados para a Etiópia. O opositor moçambicano Venâncio Mondlane, bem como os seus dois assessores, Dinis Tivane e Luis Mariquelle foram separados dos restantes políticos, “não se sabendo onde estão” confirmou ao Observador a investigadora portuguesa Paula Cristina Roque, que está no local.
Um outro grupo de 26 políticos, como Ian Khama, o reputado antigo Presidente do Botswana, filho do primeiro líder do país, o ex-primeiro-ministro do Lesotho e ainda Leopoldo López, nome forte da oposição ao regime de Nicolás Maduro, na Venezuela, por exemplo estão neste momento numa parte isolada do aeroporto.
Tanto os políticos que foram deportados quanto os que ainda estão no aeroporto ficara sem os passaportes diplomáticos, continua a investigadora.
VENÂNCIO MONDLANE É DETIDO EM ANGOLA
1 – Venâncio Mondlane, Lutero Simango, presidente do MDM, o ex-presidente do #Botswana Ian Khama e o vice-presidente da #Tanzânia chegaram há poucas horas a Luanda e, infelizmente, estão DETIDOS no Aeroporto 4 de Fevereiro.
2 – Venâncio… pic.twitter.com/kgsxex2XWq
— César Chiyaya (@cesarchiyaya) March 13, 2025
Estas figuras políticas aterraram em Luanda a convite de três organizações internacionais — Benthurst Fondation, Konrad Adenuer e World Liberty Congress —, para participar numa grande conferência sobre democracia e governação que se realiza na sexta-feira em Benguela e tem como anfitrião local o principal partido da oposição angolana, a UNITA. Alguns dos participantes fazem parte da Internacional Democrata Centrista.
Os políticos viram os seus passaportes serem apreendidos sem que lhes tivessem sido dadas explicações, confirma ao Observador fonte ligada a um dos elementos da comitiva.