O Cullinan é o primeiro e o único modelo da Rolls-Royce com carroçaria SUV, apelando aos clientes que gostam de se aventurar fora de estrada com todo o glamour. Mas há sempre quem queira ir mais além a desbravar o terreno da personalização e desafie a marca britânica a conceber um exemplar único, recorrendo ao seu know-how meticulosamente artesanal e deitando mão a tudo o que de melhor o dinheiro pode comprar, em termos de materiais. O Cullinan Daisy é o mais recente exemplo desta incursão da Rolls-Royce pelo (lucrativo) negócio da customização.
A excentricidade desta nova criação reside no facto de o cliente ter decidido partir de uma versão Black Badge do SUV inglês — sinónimo de elementos de design distintos para um estilo mais rebelde, com detalhes em preto brilhante e elementos cromados — para incorporar… flores. Nem mais nem menos que margaridas, mas não umas margaridas quaisquer: só daquelas que se vêem num determinado trilho dos Altos Tatras, a mais alta cadeia montanhosa dos Cárpatos.
Equipado com um motor V12 puxado para oferecer até 600 cv de potência, o Cullinan Daisy inspira-se, segundo a marca, no percurso preferido de um cliente para fazer caminhadas na montanha que é partilhada pela Eslováquia e pela Polónia. “A inspiração para esta encomenda veio de um campo de margaridas no meu trilho favorito nos Altos Tatras — um lugar onde regresso quando preciso de arejar as ideias. Impressiona-me não só com a beleza, mas também a resiliência desta flor que parece prosperar diante dos desafios da natureza. Imaginei o Daisy Cullinan como um símbolo de perseverança, equilibrando força e serenidade”, explica quem pediu (e pagou) esta personalização. A pessoa em causa continua no anonimato, mas a Rolls-Royce sempre vai adiantando que o proprietário do Cullinan Daisy se trata de alguém bem-sucedido no sector de equipamentos para actividades ao ar livre e aventura.
Os detalhes executados à medida do cliente incluem margaridas pintadas à mão na lateral da carroçaria. Mas é no interior deste SUV personalizado que o jardim floresce, com mais margaridas um pouco por todo o lado, desde as soleiras das portas iluminadas, passando pelas que se escondem nas palas do sol e as que desabrocham no painel frontal. A mesma flor pode ainda ser encontrada no interior dos guarda-chuvas que o Cullinan oculta nas portas de trás e, como se a evocação de um campo florido não fosse suficiente para animar o caminhante num dia de chuva, a Rolls-Royce concebeu ainda o que chama de “módulo de recreação”. Na prática, trata-se de uma solução de armazenamento personalizada, que se desdobra automaticamente e se destina a arrumar equipamento de lazer na bagageira. De referir, igualmente, a madeira no interior do habitáculo que foi trabalhada a jacto de areia com elevada precisão para resultar num efeito tridimensional, e o revestimento do tejadilho customizado para que sejam as constelações Ursa Maior, Ursa Menor, Gémeos e Touro a iluminar o “céu” de quem viaja neste Rolls-Royce.
Recorde-se que o Cullinan usufrui de tracção integral e o seu V12, montado à frente em posição longitudinal, entrega 600 cv de potência e um binário de 900 Nm às 1600 rpm, valores associados a um consumo de 16,8 l/100 km e a emissões de CO2 de 370 g/km. Em contrapartida, este “monstro” sufraga os 0-100 km/h em 5,2 segundos, podendo continuar a responder ao acelerador até o velocímetro marcar 250 km/h.
