Um general russo de alta patente foi assassinado esta sexta-feira atingido pela explosão de uma bomba colocada num carro que estava estacionado perto da sua residência.
A autoridade de investigação federal da Rússia (SK) confirmou que o general Yaroslav Moskalik, de 59 anos, morreu quando um Volkswagen Golf explodiu na sequência da ativação de um dispositivo improvisado que estava recheado de pellets, material que se usa para ajudar a acender lareiras.
De acordo com a imprensa local, citada pela BBC, o carro estava estacionado perto da casa do general que se localiza em Balashikha, um subúrbio de Moscovo. O incidente aconteceu um dia antes do enviado especial do presidente Donald Trump, Steve Witkoff, chegar à capital russa para se reunir com o presidente Vladimir Putin em conversações para um acordo de cessar-fogo na Ucrânia.
O porta-voz do Kremlin culpou logo a Ucrânia pelo atentando, acusando o país de continuar envolvido em atividades terroristas dentro da Rússia. A Ucrânia não reagiu a Dmitri Peskov, o que aliás é a regra por parte das autoridades e serviços secretos daquele país que têm sido apontadas como responsáveis pelo assassinato de altas patentes militares russas. Aliás fontes dos serviços secretos ucranianos admitiram no passado a responsabilidade pelas mortes de outros dirigentes, como o general Igor Kirillov que morreu numa explosão num edifício em dezembro do ano passado.
Yaroslav Moskalik representou a equipa russa nas negociações com a Ucrânia que se realizam em Paris após a primeira incursão militar para apoiar separatistas russos no território do Donbass em 2014. Estas negociações resultaram na assinatura do acordo de Minsk em 2015. Moskalik fez parte do contingente liderado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergey Lavrov que conduziu a um cessar-fogo entre os dois países que durou até à invasão de 2022.
