
Está a circular uma informação falsa nas redes sociais e nas plataformas de mensagens instantâneas como o Whatsapp que indica que a CNN Internacional noticiou que o apagão teve origem em cibertaques russos.
“Numa vaga sem precedentes de cibertaques, infraestruturas críticas em toda a Europa foram alvo no início desta segunda-feira no que os dirigentes estão a chamar os maiores cibertaques coordenados na História”, lê-se nessa mensagem nas redes sociais. “As agências de cibersegurança apontaram os grupos apoiados pelos russos como os suspeitos por trás destas disrupções.”
Por breves momentos, o Observador chegou a publicar essa informação no liveblog sobre o apagão, mas retirou a entrada e publicou um desmentido por se ter apercebido que a informação era falsa.
No site oficial do canal de televisão norte-americano não existe qualquer informação sobre o assunto. O artigo publicado na CNN Internacional sobre este tema apenas refere o apagão, confirmando-o junto à empresa espanhola Red Electrica. A CNN Portugal também desmentiu a informação.
Adicionalmente, segundo as publicações nas redes sociais, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, teria criticado o apagão e responsabilizado a Rússia no X. No entanto, não existe quaisquer publicações nas redes sociais da dirigente comunitária ainda sobre o assunto.
Conclusão
Não é verdade que a CNN Internacional tenha noticiado, esta segunda-feira e até ao momento, que cibertaques russos tenham sido a causa do apagão que afetou vários países da Europa, incluindo Portugal e Espanha. As informações não existem no site do canal de televisão norte-americano, assim como Ursula von der Leyen ainda não se pronunciou ainda sobre o assunto.
Assim, de acordo com o sistema de classificação do Observador, este conteúdo é:
ERRADO
No sistema de classificação do Facebook, este conteúdo é:
FALSO: As principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.
NOTA: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.