
“Sevilla tiene un color especial”… onze anos depois. Desde 2014 que Barcelona e Real Madrid não se enfrentavam na final da Taça do Rei. Era agora altura de mais um frenético El Clásico e logo na competição que todos os clubes querem vencer. Foi a oitava vez que blaugranas e merengues mediram forças na partida decisiva da segunda competição do futebol espanhol e esta edição ficou marcada pelo palco do jogo a preceito. Depois de receber as últimas edições da final da Taça do Rei, o Estádio Olímpico de La Cartuja passou por um processo de renovação para remover a pista de atletismo e ganhou mais 12 mil lugares, passando para os 70 mil. A estreia do “novo” estádio aconteceu este sábado, no terceiro clássico da temporada, depois de o Barça ter vencido os restantes por… 9-2 (0-4 em Madrid e 5-2 na final da Supertaça).
“É uma final, contra o Real Madrid. O estádio está incrível e temos que aproveitar amanhã [sábado], tanto o dia, como o jogo. Temos que dar o nosso melhor. Temos que lutar por isso. Começámos uma jornada no início da temporada e temos a oportunidade de ganhar três títulos, mas sabemos que será difícil. Temos que aproveitar. A equipa é muito jovem e temos que aproveitar. Estamos a jogar contra um dos melhores clubes do mundo. Não há favoritos. Queremos que o jogo comece agora. Queremos lutar por este título. Quando vejo a equipa a treinar e a esforçar-se… isso dá-me confiança e permite-me acreditar nos jogadores. Eles também sabem que têm confiança. Eu acredito neles”, perspetivou Hansi Flick.
Do lado madrilenho, o pré jogo ficou marcado pelas críticas à equipa de arbitragem, liderada por Ricardo de Burgos Bengoetxea, levando o juiz a emocionar-se na conferência de imprensa de antevisão ao encontro. O Real Madrid ainda ameaçou, segundo a imprensa, não comparecer à partida, acabando por garantir a realização do jogo a 24 horas do mesmo. “O nosso clube entende que as declarações infelizes e inapropriadas feitas 24 horas antes da final pelos árbitros designados para esta partida, não podem manchar um evento desportivo de importância global que será assistido por centenas de milhões de pessoas, e por respeito a todos os adeptos que planeiam viajar para Sevilha e a todos aqueles que já estão na capital andaluza. O Real Madrid entende que os valores do futebol devem prevalecer, apesar da hostilidade e animosidade que foram demonstradas hoje [sábado]”, partilharam os ainda campeões da Europa.
#Barcelona XI: Szczesny; Kounde, Cubarsi, Martinez, Martin; De Jong, Pedri, Olmo; Yamal, Raphinha, Ferran. #RealMadrid XI: Courtois; Vazquez, Asencio, Rudiger, Mendy; Valverde, Tchouameni, Ceballos, Bellingham; Rodrygo, Vini Jr.
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— Lucas Felipe ⚫️⚪️ (@lucasfelipe_73) April 26, 2025
Assim, no que ao futebol diz respeito, a grande novidade deste El Clásico foi o regresso de Marc-André ter Stegen aos convocados dos catalães, algo que já não acontecia há sete meses. Sem os lesionados Álex Balde e Robert Lewandowski, Flick optou por lançar de início Gerard Martín e Ferran Torres, ao passo que Pau Cubarsí e Dani Olmo regressaram ao onze. Gavi e Fermín López começaram no banco. Já Ancelotti perdeu Eduardo Camavinga durante a semana e viu Kylian Mbappé não recuperar totalmente, o que o levou a começar no banco. As novidades foram o regresso de Ferland Mendy e a entrada de Dani Ceballos para o meio-campo, com Lucas Vázquez e Rodrygo a manterem-se na equipa.
Como seria de esperar, o Barcelona entrou melhor na final e, logo no segundo minuto, Ferran tentou assistir Raphinha para o hipotético primeiro golo, mas Aurélien Tchouaméni chegou a tempo de cortar (2′). Pouco depois, Mendy ressentiu-se da lesão e teve de ser substituído por Fran García (12′). O Real Madrid continuou longe de entrar na partida e, depois de mais um contra-ataque, foi a vez de Fede Valverde negar o golo a Ferran Torres (16′). No lance seguinte, Lamine Yamal tentou com um remate rasteiro, mas a bola passou a rasar o poste (19′). Pouco depois, Raphinha cobrou um livre e, de cabeça, Jules Koundé obrigou Thibaut Courtois a uma grande defesa (21′). Depois de um grande corte de Cubarsí, Pedri recuperou e, com um grande remate de fora da área, inaugurou o marcador (28′). Na reta final do primeiro tempo, os blancos ainda introduziram a bola na baliza catalã, mas JudeBellingham estava em fora de jogo na altura do remate (35′). Apesar do crescimento da equipa da capital espanhola, o Barcelona continuou mais perto de marcar e, na sequência de um canto direto, a bola embateu em cheio no poste da baliza de Courtois (43′).
PEDRI, QUE GOLAÇO! ✨
Está aberto o marcador da final ????#sporttvportugal #FUTEBOLnaSPORTTV #CopaDelRey #Barcelona #RealMadrid pic.twitter.com/snJvXJDLy7
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Ao intervalo, Mbappé entrou para o lugar de Rodrygo e, no primeiro lance de perigo, Wojciech Szczesny negou o golo a Vinícius Jr. em duas ocasiões (49′). Logo a seguir, Mbappé apareceu nas costas da defesa, mas o polaco voltou a evidenciar-se, saindo mais rápido da baliza para fazer o corte (54′). Já com Luka Modric e Arda Güler em campo, Raphinha desperdiçou o segundo golo (55′) e Vini recebeu em boa posição, mas pecou na altura da finalização (59′). Flick respondeu com Fermín, mas, na sequência de um livre frontal, à entrada da área, Mbappé não perdoou, colocou no poste mais distante e empatou a final (70′). Pouco depois, Güler cobrou um canto da direita para o coração da área e, nas alturas, Tchouaméni ganhou a toda a gente e cabeceou para a reviravolta (77′).
MBAPPÉ DE LIVRE! ????
Tudo empatado na final da Taça do Rei ???? #sporttvportugal #FUTEBOLnaSPORTTV #CopaDelRey #Barcelona #RealMadrid pic.twitter.com/TYSYHdLBhy
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Tchouaméni a completar a remontada ????#sporttvportugal #FUTEBOLnaSPORTTV #CopaDelRey #Barcelona #RealMadrid pic.twitter.com/M2taT9cxpr
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Com o jogo relançado, Yamal recebeu perto da área, puxou para dentro e desferiu um remate em arco que obrigou Courtois a esticar-se (82′). No lance seguinte, o jovem internacional espanhol descobriu Ferran Torres nas costas da defesa do Real Madrid, que ficou a ver jogar, o avançado antecipou-se a Antonio Rüdiger e Courtois, restabelecendo o empate com um remate para a baliza deserta (84′). Depois do quarto golo saltaram do banco Ronald Araújo e Gavi, antes de Vini sair lesionado e ser rendido por Brahim Díaz. No derradeiro minuto do tempo de compensação, Raúl Asencio rasteirou Raphinha dentro da área e o árbitro assinalou a grande penalidade (90+6′). Contudo, depois de ver as imagens do lance, Bengoetxea reverteu a decisão e assinalou simulação do brasileiro, com o desafio a seguir para o prolongamento.
EL TIBURÓN ATACOU ????
Ferran Torres empatou a partida e temos jogo até ao fim ????#sporttvportugal #FUTEBOLnaSPORTTV #CopaDelRey #Barcelona #RealMadrid pic.twitter.com/mDaBwxLT7z
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Nessa fase, o jogo continuou equilibrado e Ferran Torres voltou a tentar o golo, mas o seu remate cruzado saiu ao lado (103′). Pouco depois, o espanhol fez mesmo o terceiro do Barcelona, mas estava em fora de jogo e o lance foi prontamente anulado (107′). Já com Endrick e Pau Víctor em campo, as oportunidades continuaram a escassear, com o cansaço a apoderar-se dos jogadores. Ainda assim, foi através da inteligência de Koundé que os blaugranas voltaram à liderança, com o lateral a ler a saída a jogar do Real Madrid, a antecipar-se a Brahim e a atirar colocado para o 3-2 (116′). Logo a seguir ao golo, Mbappé ainda conquistou um penálti, mas partiu de posição irregular e o lance acabou anulado (117′). Nos descontos, Rüdiger e Vinícius tentaram acertar no árbitro com o arremesso de objetos e o central acabou expulso (120+3′).
KOUNDÉ DO MEIO DA RUA ????#sporttvportugal #FUTEBOLnaSPORTTV #CopaDelRey #Barcelona #RealMadrid pic.twitter.com/7voFmtPAPo
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Com a vitória sentenciada, o Barcelona bateu o Real Madrid pela terceira vez na presente temporada e conquistou a Taça do Rei três anos depois. Os blaugranas têm agora 32 troféus no seu palmarés e são a equipa mais titulada da história da competição, agora com mais oito troféus que o Athletic Bilbau e 12 que os madrilenhos.
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