“Não há filhos da terra e os de fora vêm com outras ideias e costumes”. Como se explica a vitória do Chega no Seixal e Moita – Observador

Detalhando que se reformou “com antecedência aos 60 anos”, assegura que o que recebe “chega até para ajudar os netos”, tirando do horizonte um possível voto com os olhos postos em medidas para pensionistas e reformados.

Continuando o seu comentário político, diz que, dos três maiores partidos, só “PS e AD têm pessoas com currículo e experiência”. “A verdade é que não vejo o partido [Chega] com pessoas à altura”, mas André Ventura “diz muita coisa que muita gente pensa e não manda cá para fora”, argumenta.

Para Manuel António, “é necessário alguém que fale”. “Olhe para Setúbal e para Portalegre. Têm etnias! Todas as zonas onde existem muitas pessoas de etnia, o Chega ganhou”, diz, referindo-se a todos os partidos do sul do país (à exceção de Évora). No concelho do Seixal, o partido a recolher maior número de votos foi o Chega (26,02%) seguido do PS (25,54%), invertendo o resultado obtido em 2024 (20,43% e 31,82%, respetivamente).

Ajustando a posição no banco em que estava sentado, Manuel António muda rapidamente a sua postura e tom de voz. “Eles [pessoas de etnia cigana] foram lá para as manifestações dizer que nasceram em Portugal. Está bem, mas não trabalham. Ou se trabalham não fazem descontos. Andam sempre às custas dos subsídios”, critica. E acrescenta que se trata de uma injustiça “para quem trabalhou e tem 44 anos de descontos, mas tem reformas de 200/300 euros”.

Author: Tudonoar

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