PAN acusa AD de “atacar jornalistas” para ocultar que Montenegro não cumpriu a lei

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A porta-voz do PAN acusou esta sexta-feira a AD de “desprezo pela liberdade de imprensa” e de “atacar jornalistas” para ocultar que o primeiro-ministro não “acautelou todas as obrigações legais” no seu registo de interesses.

Em declarações à Lusa após uma visita à sede da WWF Portugal, em Lisboa, Inês de Sousa Real alegou que a AD e o Governo, à semelhança do que já aconteceu em momentos anteriores, demonstraram “desprezo pela liberdade da imprensa e o direito ao jornalismo” e de optarem por “atacar a imprensa e atacar os jornalistas”.

“Não é a primeira vez que temos episódios relacionados com este Governo, não só a atacar a imprensa, atacar os jornalistas, como estar a utilizar aquilo que é um mecanismo de crítica ao acesso à informação, para ocultar que o problema é, de facto, o primeiro-ministro não ter prestado esta informação à Entidade para a Transparência”, acrescentou.

Sobre a divulgação dos clientes da Spinumviva nessa nova declaração divulgada pelo Expresso, Inês de Sousa Real considerou que as informações prestadas por Montenegro confirmam que “o PAN estava certo” ao defender que o primeiro-ministro “não cumpria com todas as obrigações” legais.

A líder do PAN disse também ser “lamentável que [Montenegro] esteja incomodado com a divulgação dessa lista de clientes”, mas “não esteja incomodado com o facto de não ter cumprido com essa obrigatoriedade” de cumprir a lei em relação à sua declaração única de rendimentos, património e interesses.

Fica claro também, e mais uma vez fica demonstrado, que os portugueses não podem confiar na AD e não podem confiar em Luís Montenegro naquilo que seja a estabilidade do país”, disse.

Esta quarta-feira, o jornal Expresso noticiou que Luís Montenegro submeteu junto da Entidade para a Transparência uma nova declaração, na qual acrescentou sete novas empresas para as quais trabalhou na Spinumviva, empresa fundada pelo próprio e que passou recentemente para os seus filhos.

Essa informação foi conhecida pouco antes do debate com o do PS, Pedro Nuno Santos, na quarta-feira à noite, tendo este lançado a suspeita de que o próprio Luís Montenegro o fez feito com o propósito de influenciar o debate.

Montenegro disse não ter difundido nem promovido a difusão do documento e, na quinta-feira, considerou haver indícios de que o PS “tem muito mais a ver” com a divulgação dos clientes da empresa Spinumviva.

Na sequência da divulgação de novos dados, o deputado do PSD Hugo Carneiro pediu ao Grupo de Trabalho do Registo de Interesses no Parlamento que peça à Entidade para a Transparência os registos de quem acedeu aos dados sobre o primeiro-ministro, de forma a descobrir quem partilhou a informação com a imprensa.

Author: Tudonoar

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