
Com as notícias (e até fake news) sobre o apagão, muitos portugueses concentraram-se nos mesmos locais para comprar mantimentos. Deste modo, PSP e GNR concentraram esforços nas áreas mais críticas, como hipermercados, lojas, ruas movimentadas e postos de combustível, tentando assegurar o normal funcionamento das atividades essenciais e vitais.
Como é habitual em momentos de crise, começaram a surgir, sobretudo nas redes sociais, informações falsas sobre o apagão, o que a GNR destacou como sendo uma preocupação. Lembrando uma notícia errada que falava na hipótese de a luz demorar uma semana em regressar, fonte da guarda avisa que a “disseminação de rumores em nada contribuíram para a segurança. Temos que ter em atenção que uma mensagem falsa repetida várias vezes pode ter grande impacto na segurança das pessoas, nomeadamente na corrida aos supermercados”.
As “muitas chamadas” — via 112, a única forma de denunciar ocorrências por telemóvel durante o apagão — que chegavam à PSP eram, maioritariamente, com pedidos de ajuda não relacionados com “questões criminais”, mas com problemas de trânsito, semáforos avariados, pessoas presas nos elevadores e apoio a passageiros retidos no metro.
Os polícias foram chamados a serenar ânimos em postos de combustível e em supermercados, onde, “tendo em conta o elevado fluxo de pessoas”, os atritos se iam sucedendo e ao qual a PSP deu “a melhor resposta possível”.
Foi solicitado o nosso apoio nos aeroportos, nas longas filas para apanhar autocarros ao final do dia. (…) Na questão do trânsito não conseguimos estar em todos os sítios, mas conseguimos, articuladamente com as polícias municipais, estar nos principais cruzamentos e entroncamentos”, acrescenta fonte oficial da polícia, que destaca a colaboração da população.
Comum a GNR e PSP foram as escoltas que se notaram ao longo de todo o dia e que justificam, em parte, o barulho constante de sirenes ao longo da segunda-feira. “No âmbito das ações desenvolvidas, a GNR realizou um transporte através de meios próprios e garantiu a escolta de transportes de combustíveis com destino” a pelo menos nove hospitais da zona de Lisboa.